
A macrorregião oeste atingiu 99% de ocupação dos leitos adultos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com Covid-19, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nesta quinta-feira (24), conforme boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Conforme a secretaria, dos 357 leitos ofertados de UTI adulto exclusivos para a doença, apenas três estão disponíveis. A enfermaria, com 429 leitos no total, está com 59% de ocupação.
A taxa de ocupação é a maior registrada entre as quatro macrorregiões do Paraná. Ao todo, a macrorregião soma 94 municípios do oeste e sudoeste do Paraná, com mais de 1,9 milhões de habitantes, e representa as regiões de cidades como Cascavel, Foz do Iguaçu, Toledo, Francisco Beltrão e Pato Branco.
Conforme dados da Sesa, até a manhã desta quinta, 73 pacientes com Covid-19 aguardavam por leitos de UTI e outros 51 por vagas em enfermarias, na macrorregião oeste. Desde o início da pandemia, 30.169 pessoas morreram vítimas da Covid-19 e 1.243.845 foram infectadas pelo novo coronavírus no Paraná, segundo a Sesa.

De acordo com o diretor médico do Samu Oeste, Rodrigo Nicacio Santa Cruz, a variação na ocupação dos leitos próxima da lotação máxima deve permanecer nos próximos dias.
“Isso vai ficar assim durante as próximas semanas porque nós ainda temos uma demanda reprimida nas UPAs, hospitais de pequeno porte das cidades menores, que já foi maior do que hoje, já foi de 170 de pessoas esperando leito de UTI", disse.
Conforme o diretor, uma taxa de ocupação mais equilibrada só será possível após a fila por vagas ser zerada, para que os pacientes consigam uma vaga de UTI em até 24 horas.
Cuidado constante:
Cruz destacou ainda que o número de casos novos da Covid-19 tem diminuído na macrorregião e em todo o estado, o que indica que daqui algumas semanas haverá um alívio do sistema de leitos, com menos gente adoecendo.
"Isso vai fazer com que a gente precise manter os cuidados para evitar adoecer. Se ficarmos doentes, devemos tomar os devidos cuidados e medidas, para evitar o agravamento da doença. Então, é comparecer ao médico, ser medicado e ser monitorado nas duas fases da doença, para que a gente não tenha uma quantidade grande de casos graves, como tivemos nas últimas seis a oito semanas."
Com a chegada do inverno, segundo o diretor, há um risco maior na transmissão de diferentes vírus, com o SARS-CoV-2.
“Os vírus respiratórios, independente do coronavírus, têm uma maior facilidade de contaminação das pessoas nessa época, porque naturalmente nós estamos mais próximos, as portas e janelas de casa ficam mais fechadas por causa do frio, isso torna um ambiente mais propício para a contaminação entre os familiares.”
Por isso, a orientação é que em casa e no trabalho sejam mantidos os cuidados de prevenção à Covid-19, com a higienização adequada e, sempre que possível, deixando o ambiente mais ventilado.
Fonte: G1 PR - Fotos: Reprodução/RPC
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