A região Sul do Brasil registrou em março 34.459 mortes, contra 34.211 nascimentos, uma diferença de 248 casos. Foi a primeira vez desde 1979 -data mais antiga dos registros do SIM (Sistema Integrado de Mortalidade), do Ministério da Saúde - que uma região do País teve um mês com mais mortes que nascimentos.
De acordo com números dos cartórios de registro civil, a Covid-19 foi responsável por metade dos sulistas mortos no mês passado - 17.220 óbitos. A informação foi publicada pelo portal Uol.
Os dados foram publicados no portal da transparência da Associação Brasileira de Registradores de Pessoas Naturais (Arpen/Brasil), que reúne dados de todos os registros de nascimentos, óbitos e casamentos em nível nacional desde 2015.
Em março do ano passado, a diferença para os nascimentos era muito maior: 28.820 contra 15.762 mortes (mais de 13.000 casos).
"Houve uma aposta na ideia de manter a economia funcionando 'normalmente' às custas de uma autolimitação epidêmica —a chamada imunização de rebanho", disse o médico Alcides Miranda, professor da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) nos cursos de graduação e pós-graduação em Saúde Coletiva. "Isso trouxe um custo dramático de dezenas de milhares de óbitos evitáveis", acrescentou.
Fonte: Brasil 247 - Foto: Diego Vara/Reuters
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