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Preço do leite dispara e já pesa no bolso

Nem o produtor, nem a indústria causaram essa situação de preços elevados para o consumidor final de leite, diz a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) em nota divulgada nesta sexta-feira (24). No comunicado, a entidade relaciona as principais causas da disparada do valor do leite, cujo litro se aproxima de R$ 7 no varejo no mercado catarinense e em outras regiões do país.

Consumidores pesquisam preço do leite em supermercado de São Paulo Imagem: Tatiana Santiago/InvestNews

“De um lado, a seca prejudicou as pastagens e diminuiu a oferta de alimentação para as vacas. De outro lado, a inflação e a escassez de insumos elevaram brutalmente os custos de produção”, informa a Faesc.


Ainda de acordo com a entidade, a cadeia produtiva do leite está impactada pelo aumento generalizado de custos diretos, como energia elétrica, gás, combustíveis, fertilizantes, embalagens, matérias-primas, mão de obra e outros insumos.


“O custo da nutrição dos animais, por exemplo, explodiu em face da escassez de milho e farelo de soja no mercado, caracterizando o pior choque de oferta desde 1990.”

A Faesc pontua ainda que essas fatores, aliados à baixa rentabilidade da atividade, provocaram o abandona do setor nos últimos anos:


“Na década de 1990, existiam em território catarinense 75.000 produtores de leite. Agora, em 2022, são apenas 24.000. Somente durante o período de pandemia mais de 9.000 produtores abandonaram o setor, inviabilizados pelos prejuízos acumulados.”

Para a entidade, o governo – e também a sociedade – devem criar uma política pública para o leite, inserida no contexto da segurança alimentar.

Somente durante a pandemia mais de 9.000 produtores abandonaram o setor, inviabilizados pelos prejuízos acumulados

Leia, abaixo, a nota da Faesc:

“A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) vem manifestar-se publicamente em face do novo patamar de preços que o leite e os demais produtos lácteos alcançaram, ultimamente, no mercado interno.


Contra a vontade dos produtores rurais e das indústrias de laticínios, vários fatores adversos, ao longo dos últimos meses, concorreram para essa situação indesejável de aumento dos preços finais.


De um lado, a seca prejudicou as pastagens e diminuiu a oferta de alimentação para as vacas.


De outro lado, a inflação e a escassez de insumos elevaram brutalmente os custos de produção.


Nesse momento, a cadeia produtiva do leite está impactada pelo aumento generalizado de custos diretos, como energia elétrica, gás, combustíveis, fertilizantes, embalagens, matérias-primas, mão de obra e outros insumos.


O custo da nutrição dos animais, por exemplo, explodiu em face da escassez de milho e farelo de soja no mercado, caracterizando o pior choque de oferta desde 1990.


O somatório de todos esses percalços – e a constatação de que a atividade não é rentável – levaram ao intenso abandono da atividade leiteira por produtores rurais. Na década de 1990 existiam em território catarinense 75.000 produtores de leite. Agora, em 2022, são apenas 24.000. Somente durante o período de pandemia mais de 9.000 produtores abandonaram o setor, inviabilizados pelos prejuízos acumulados.


O produtor determina o padrão de qualidade de seus produtos, porque isso depende diretamente de fatores que estão sob seu controle. Entretanto, não define o preço final ao consumidor porque sobre ele agem variáveis imprevisíveis e incontroláveis como custos, clima, mercado etc.


É evidente que nem o produtor, nem a indústria causaram essa situação de preços elevados para o consumidor final.


É hora de Governo e Sociedade planejarem uma política para o leite, inspirada nos princípios da segurança alimentar.”


fonte: agroemdia.com.br

 

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