Em 2014, van de Velde, com 19 anos, manteve conversas com uma menina de 12 anos que havia lhe enviado uma solicitação de amizade no Facebook.
O holandês disse acreditar, à princípio, que ela teria 16 anos. No entanto, mesmo após ela ter lhe revelado sua idade, ele prosseguiu com o diálogo.
Por meses, eles se comunicaram via Skype, Facebook e Snapchat.
Em agosto de 2014, o atleta viajou de Amsterdam até a cidade de Milton Keynes, na Inglaterra, onde morava a menina. Ele forneceu-lhe bebidas alcoólicas e incentivou o uso.
Depois, ele a estuprou perto de um lago. Na mesma noite, van de Velde tentou levar a vítima a um hotel. Como não conseguiu um quarto, levou-a para dormir embaixo de uma escada, em uma caixa de papelão. No dia seguinte, ele a estuprou mais duas vezes. Em um dos episódios, durante um momento de penetração via vaginal, a vítima reclamou com o holandês sobre ele a estar machucando.
Após o crime, Van de Velde retornou à Holanda e incentivou a vítima a procurar uma clínica para realizar a contracepção de emergência. A idade da menina chamou a atenção dos funcionários, que alertaram sua família e a polícia.
Em 2015, o atleta venceu o campeonato nacional, e parecia encaminhado para participar dos Jogos Olímpicos de 2016.
Em janeiro de 2016, o holandês foi extraditado para a Inglaterra e preso. Em março de 2016, ele admitiu a culpa por três estupros de vulnerável.
Steven van de Velde foi condenado a quatro anos de prisão e inserido no registro de criminosos sexuais do Reino Unido, onde o seu nome permanece.
Após a condenação, foi revelado em tribunal que a vítima, sentindo-se culpada, havia se autoflagelado, além de ter passado por uma overdose. O juiz, Francis Sheridan, disse a Van de Velde: “O dano emocional que foi causado a esta criança é enorme.
À medida que ela amadurecer, ela perceberá que você não é o homem que ela pensava que você era e esperava que você fosse." De acordo com a lei do Reino Unido, às vítimas de crimes sexuais é garantido o anonimato vitalício.
Devido a um acordo entre Holanda e Inglaterra, van de Velde foi transferido ao seu país para cumprir a pena. Lá, a sentença foi reajustada de acordo com a lei holandesa, e a acusação de estupro foi substituída por outra referente a ontucht ("atos sexuais que violam normas sócio-éticas").
Dos 4 anos de prisão aos quais foi condenado, van de Velde cumpriu apenas 13 meses antes de ser libertado.
Um ano após sua liberação, o holandês atribuiu o crime ao fato de ser um adolescente e "ainda estar descobrindo as coisas".
Em junho de 2024, van de Velde foi selecionado, de maneira controversa, para representar a Holanda nos Jogos Olímpicos de Verão de 2024. A decisão chamou atenção e uma petição para impedir a participação de criminosos sexuais condenados obteve mais de 100 mil apoiadores.
O Comitê Olímpico Holandês (COH) manteve sua escolha, e decidiu hospeda-lo fora da vila olímpica, longe de outros atletas, e proibiu-o de dar entrevistas.
O Survivors Trust, grupo do Reino Unido que apoia vítimas de violência sexual, afirmou num comunicado que a sua inclusão era “mais um endosso à chocante tolerância que temos em relação ao abuso sexual infantil”.
O Comitê Olímpico Internacional (COI), entidade sumária dos Jogos Olímpicos, garantiu aos holandeses o direito de escolher seus atletas, e não tomou medidas contrárias ao COH.
Fonte: Wikipédia.
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